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A VIAGEM DA PSICOTERAPIA CAMINHOS INTERNOS A DESCOBRIR

Nos momentos de relaxamento que as férias proporcionam, muitos buscam novas sensações e a descoberta de novos espaços, relações e experiências, fazendo jus à noção clara de que nós, Humanos, precisamos de novidade e estímulo constantes para nos sentirmos mais vivos e em crescimento.

Seja numa viagem a outro país, num maior (ou menor) choque de cultura e de hábitos, seja numa visita ao que, sendo próximo o suficiente para ser confortável é suficientemente distante para ser novo, há um entusiasmo inerente à experiência de descoberta, algo que fica dentro de nós e que permite reequacionar o que vimos e o que veremos a partir daí.

Este ano, num passeio pela minha cidade de sempre, não pude deixar de sentir como os espaços e paisagens que conhecemos nos espantam com momentos e imagens de recantos únicos, belos e surpreendentes, espaços que sempre estiveram lá, ao alcance do nosso olhar, mas à distância da nossa atenção.



É A NOSSA DISPONIBILIDADE E ABERTURA,
CURIOSIDADE E INTERESSE, QUE NOS PERMITEM (RE)CONHECER
E REDESCOBRIR RECANTOS E CONSTRUIR MEMÓRIAS.


E é tão isto que acontece na Psicoterapia, quando o território a visitar são os nossos espaços internos, construídos e acumulados ao longo da nossa vida, e sobre os quais vamos elaborando a nossa história pessoal, a narrativa pessoal e os sentidos das nossas experiências, enfim, a nossa Identidade.

Na viagem da Psicoterapia, visitamos não só os “monumentos” da nossa Identidade pessoal, momentos que fazem de nós quem nós somos, mas também aqueles recantos, partes escondidas às vezes de nós próprios que, sem que nos apercebamos, acabam por justificar as nossas acções, pensamentos e sentimentos. Há tanto por descobrir cá dentro, tantos caminhos internos a desbravar que nos ajudam a conhecermo-nos na nossa totalidade e a traçar uma representação mais clara do mapa de quem nós somos…



A Psicoterapia pode ser isso, um mapa traçado a quatro mãos, numa tela feita de diálogo, encontro e confiança, para que monumentos e marcos importantes, jardins alegres, mas também ruelas estreitas de sofrimentos e angústias, todos emocionantes e emocionais, possam ser integrados e os seus sentidos clarificados, num ganho de conhecimento próprio, aceitação e paz interior, numa redescoberta de Si.


MESMO A CIDADE EM QUE VIVEMOS HÁ TANTO TEMPO
TEM MUITO PARA DESCOBRIR E INTEGRAR.

É essencial criar o espaço e o momento para, ao longo da nossa vida, subir a miradouros e admirar a paisagem da nossa vida em perspectiva, integrando as nossas experiências, memórias e projectos para o futuro no espaço seguro da relação terapêutica.

As ruelas escondidas são, na verdade, convites a olhar de novo, a descobrir e construir activamente novos sentidos e histórias, trazendo clareza e paz interior.

Que emocionante pode ser este encontro terapêutico, este contacto com aspectos desconhecidos ou evitados da nossa vida, e que apaziguadora é a experiência de os tornarmos parte aceite e compreendida de nós, do nosso mapa e da nossa identidade, rumo a uma maior coesão, compreensão e aceitação pessoal, trazendo-nos mais próximos de quem somos e, sobretudo, dando-nos as ferramentas para sermos mais quem queremos ser.


Convido-o ao privilégio da sua viagem interna, a mais profunda e integradora que pode dar a si mesmo.



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